
«(...) não importa se a matemática é inventada ou se é simplesmente descoberta no mundo que nos cerca; mais significante é cada criança, cada homem e mulher ser educado para amar a matemática, tal como amámos o primeiro livro que conseguimos ler sozinhos.»
Em Infinito + 1 (Edições Sílabo)
Juros compostos (como os dos Certificados de Aforro)



Imagine que existe uma aplicação financeira que oferece um incrível juro anual de 100%. Assim, um euro converter-se-á em dois ao fim de 365 dias.
Um banco concorrente publicita um depósito que rende juros de 50% (1/2) a cada seis meses. Com esta fórmula, 1 € transformar-se-á em 1,5 € (1 + 1/2) decorrido meio ano e, seis meses depois – um ano no total – já valerá 2,25 € ( [1 + 1/2] x [1 + 1/2] = ).
«Bem, um depósito que renda 33,3% (1/3) três vezes num ano, 100% no total, será ainda mais vantajoso», pensa o leitor. Nessa situação, ao fim de um ano cada euro investido valeria não 2 € ou 2,25 € mas sim 2,37, o produto de .
«Nem quero pensar no quanto ganharia se algum banco pagasse 0,273% (100 a dividir por 365) de juros todos os dias!» Lamento dizer-lhe, caro leitor, que não ficaria milionário da noite para o dia.
Na realidade, verificou-se que a quantidade , sendo n um qualquer número inteiro positivo, tem um valor limite, que é 2,7182818… Esta dízima infinita é o designado número de Euler (e), sendo aplicado, por exemplo, a questões de crescimento populacional, decaimento radioativo ou propagação de doenças infecciosas.


