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Quando a ordem importa: arranjos e permutações

«– Não Miguel – afirma o Paulo –, não podes fazer 10 x 10 x 10 para saber quantos arranjos são possíveis para o pódio [3 primeiros lugares] de uma corrida com 10 participantes. Pensa comigo: quantas hipóteses [pessoas] há para o 1º lugar?

– Dez – responde a criança.

– Uma das possibilidades é a Maria, supondo que uma das participantes tem esse nome, ficar em 1º lugar. Agora, quantas hipóteses há para a 2ª posição?

– Nove.

– Claro. A Maria já não está disponível, é um elemento que não se repete na segunda posição do arranjo. Então, temos a Maria e, digamos, o João no 1º e 2º lugares da corrida. Quantas possibilidades sobram para o último lugar do pódio?

– Sobram oito. E já sei que conta fazer – exclama o Miguel, visivelmente satisfeito consigo próprio –: 10 x 9 x 8.

– Certíssimo. Existem 720 arranjos possíveis para um pódio de uma competição com dez elementos. Repara que se trata das formas de escolher X elementos de um conjunto de Y elementos, em que a ordem interessa e os elementos não se repetem. – O Paulo faz uma pequena pausa para clarear a voz. – Assim, a probabilidade de os três primeiros da corrida serem, por exemplo, a Maria, o João e a Paula é de 1 em 720.

– OK, pai, já percebi isto. Falaste sempre em arranjos. São a mesma coisa que permutações?

– Não, são situações ligeiramente diferentes.»

diferenças

Um problema fácil 

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Quando a ordem não importa: combinações

«O Paulo tem uma sobrinha que atingiu a maioridade e lhe perguntou se faz sentido jogar o totoloto. Depois de investigar um pouco, o Paulo enviou um email à sobrinha com o seguinte conteúdo:

Olá Marisa, bom dia.

Pediste a minha opinião sobre as hipóteses de ganhar com o totoloto. A informação está disponível na net e vou tentar explicá-la de forma clara.

Inicialmente eram sorteadas 6 bolas de um conjunto de 49, numeradas de 1 a 49. Imagina que marcavas no boletim os números 2, 5, 9, 14, 28 e 45. Era indiferente a ordem de saída dos números; o que interessava era que saísse um 2, um 5, etc. Deste modo, antes de cair a primeira bola, tinhas 6 hipóteses em 49 de sair um dos números que escolheste. Depois dessa bola havia 5 hipóteses em 48 (bolas que sobravam) de acertares, e assim sucessivamente. A probabilidade de acertares nos seis números era

 

 

São 13 983 816 as combinações possíveis de 6 elementos de um “universo” de 49. Matematicamente escreve-se           ;

significa, de 49 escolher/saírem livremente 6. Há uma fórmula geral para calcular o número de combinações:

        

 

 

Para perceberes o ponto de exclamação [que representa o "factorial"], exemplifico com «10 C 4», ou o número de maneiras de escolher/apanhar 4 bolas de um saco com 10 bolas:

​Em 2011, as regras do totoloto mudaram.»

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Outro problema 

Feijó - Laranjeiro | Almada | Portugal

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